Relatório da Diretoria 2022

Ambiente Econômico

Conforme dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil cresceu 2,9% no ano de 2022, tendo registrado queda de 0,2% na parcela final do ano, marcando desaceleração gradual da economia ao longo do ano.

A atividade teve grande impulso do setor de serviços, o principal da economia brasileira, que acelerou principalmente no primeiro semestre, provocado por estímulos fiscais e “reabertura” do comercio e serviços, consequentemente resultando em um expressivo aumento no consumo.

No segundo semestre, porém, os dois fenômenos perderam forças e causaram uma desaceleração gradual da economia, resultando em uma queda de 0,2% no 4º trimestre do ano, interrompendo uma sequência de cinco trimestres positivos.

Como esperado, o setor de serviços foi destaque absoluto pela ótica da oferta, com alta de 4,2% no ano. Em valores correntes, foram R$ 5,8 trilhões no ano.

Segundo os dados do IBGE, todas as atividades de serviços tiveram crescimento neste ano:

A indústria teve, mais uma vez, resultados mistos, em que parte dos setores se beneficiou do ciclo econômico enquanto outras penaram para conseguir resultados.

Para o IBGE, o destaque positivo veio do setor de Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos, que subiu 10,1% no ano, o que possibilitou bandeiras tarifárias mais favoráveis ao longo de 2022. Em seguida, bom resultado também par ao setor de Construção, que teve alta de 6,9%.

Pela ótica da demanda, o Consumo das famílias foi o grande motor da economia, com alta de 4,3% no ano. Esse foi mais um número alavancado pelo efeito reabertura, após a liberação das atividades impactadas pela pandemia de Covid-19.

A Agropecuária, por sua vez, apresentou queda de 1,7% provocada pela redução da produção da Agricultura. Pecuária e Pesca tiveram crescimento, mas não conseguiram reverter o resultado negativo.

A soja, principal produto da lavoura brasileira, com estimativa de queda de produção de 11,4%, foi quem mais puxou o resultado da Agropecuária para baixo no ano, sendo impactada por efeitos climáticos adversos.

O mercado de trabalho, por sua vez, segue em trajetória positiva, marcado pela recuperação dos rendimentos e menor taxa média histórica de desocupação, tendo encerrado o ano em 9,3%.

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